Como garantir a qualidade de vida de idosos com perda de audição?

Aparelhos Auditivos

Idosos com perda de audição vivem um problema que afeta a eles e às suas famílias. Nesse processo, as células diminuem a capacidade de enviar os estímulos sonoros e/ou a percepção do som é afetada. Contudo, o diagnóstico precoce pode adiar os problemas mais sérios.

Como se trata de uma deficiência condizente com o envelhecimento, é preciso que todos se conscientizem desse problema e estabeleçam estratégias para minimizar o desconforto e garantir a qualidade de vida do indivíduo.

Adotando alguns critérios, é possível que os idosos sintam menos essa deficiência e sejam acolhidos de forma carinhosa por todos que os cercam. Quer aprender como fazer isso? Então, acompanhe e implemente nossas dicas o quanto antes!

Entenda a surdez nos idosos

O envelhecimento está associado a um declínio das funções fisiológicas e readaptação do corpo frente aos novos problemas. Enquanto alguns idosos manifestam poucas limitações físicas, outros apresentam uma diversidade de sintomas.

Esses aspectos fisiopatológicos colaboram intensamente com o desenvolvimento dos problemas emocionais provenientes do sentimento de inutilidade e dependência diante das adversidades da velhice.

As transformações da saúde nos idosos têm causas imunológicas, posturais e sensoriais. No primeiro aspecto, se verifica maior susceptibilidade a doenças, enquanto as relacionadas à postura alteram o equilíbrio e o caminhar correto. Dentre as manifestações sensoriais, observa-se a presbiacusia, ou seja, a perda auditiva decorrente do envelhecimento das células do ouvido interno, que pode acometer entre 5 a 20% da população acima dos 60 anos de idade, evidenciando uma maior proporção em homens. A presbiacusia causa perda neurossensorial, e não condutiva, como o acúmulo de cera, por exemplo.

Outro fator importante é a atitude dos idosos perante o problema. Muitos não procuram ajuda médica ou a própria família tem a falsa ideia de que não existe tratamento para a surdez na velhice. O resultado é a progressão da perda auditiva e o isolamento do idoso do convívio social.

Aborde o tema com a família e os amigos

Quando as suspeitas da surdez em idosos forem comprovadas por exames clínicos e audiológicos, é importante que o tema seja abordado de forma objetiva, sem expor demais os indivíduos envolvidos.

A conversa franca entre os familiares e amigos próximos ajudará a modificar a forma de comunicação com os idosos e propor estratégias para que eles não se sintam excluídos do convívio social.

Também é crucial discutir o tema com as crianças, que perceberão as diferenças na audição dos idosos e questionarão sobre isso. Tudo isso deve ser feito de forma lúdica e objetiva e conforme o nível de entendimento e envolvimento amoroso delas com os idosos.

Obtenha informações sobre tratamentos para idosos com perda de audição

As terapias auditivas para a perda de audição em idosos dependerão do nível de comprometimento auditivo. Por isso, as principais estratégias variam desde aparelhos auditivos simples até os mais complexos.

Para tanto, é fundamental uma avaliação clínica completa com um médico especialista no assunto, que determinará a evolução da deficiência com mais precisão, assim como os métodos mais indicados de tratamento, considerando a situação progressiva da surdez em idosos.

Também é importante considerar que a perda auditiva progressiva do envelhecimento pode causar problemas de equilíbrio, sendo necessária a intervenção imediata para evitar quedas e acidentes domésticos.

Incentive a socialização dos idosos

Ao serem diagnosticados com surdez, muitos idosos se isolam do ambiente social por se sentirem doentes e acharem que trazem problemas ou incômodo para a família. Essa situação pode desencadear alguns distúrbios emocionais e causar mais problemas físicos.

Por isso, o incentivo da família é fundamental para manter a autoestima do idoso elevada e demonstrar que essa situação pode ser solucionada de diversas maneiras. Assim, o desânimo se transforma em proatividade e alegria.

Além disso, é aconselhável procurar espaços de convivência de idosos que desenvolvem trabalhos manuais, culinários, artesanais, dentre outros. A ocupação do tempo e da mente é uma ótima estratégia para manter o cérebro sempre ativo.

Utilize outras estratégias de comunicação

Com a perda gradativa da audição, os processos de comunicação serão influenciados negativamente e necessitarão de outras ferramentas para que o diálogo seja eficiente e objetivo.

Ademais, alguns idosos desenvolvem a deficiência cognitiva, que torna mais grave a situação clínica. A compreensão do som e significado das palavras fica prejudicada, gerando consternação e impaciência dos comunicadores.

Por isso, ao menor sinal desses comportamentos, é interessante estabelecer outros códigos de linguagem para a compreensão das vontades e desejos dos cuidados e incentivo à autonomia nas decisões.

Algumas técnicas também ajudam, tais como falar mais pausadamente e em frases com ordenação direta, gesticular os comandos para facilitar o entendimento, repetir a mensagem sonora até certificar-se de que o idoso captou a informação, além de ser sempre muito paciente e compreensivo.

Faça acompanhamento periódico

Mesmo sabendo que se trata de algo inerente à idade, é aconselhável que o idoso faça acompanhamento clínico periodicamente. Ele serve para analisar o grau de surdez e ajustar o aparelho auditivo de acordo com as necessidades específicas do paciente.

A limpeza adequada do canal auditivo feita pelo médico também deve ser frequente, para evitar infecções oportunistas, abafamento do som e desconforto advindo do acúmulo de secreções e cerume.

Também é fundamental a avaliação clínica de outras debilidades características do envelhecimento ou da exacerbação das doenças crônicas que podem causar complicações em longo prazo.

Idosos com perda de audição também são mais propensos a desenvolver depressão e isolamento social e, por isso, necessitam de cuidados contínuos. Portanto, é importante o acompanhamento clínico periódico, a utilização de aparelhos auditivos com suporte médico e a avaliação de outros fatores que possam piorar a perda auditiva.

Além disso, a participação da família e amigos é fundamental para garantir qualidade de vida ao idoso com surdez. Abordar o tema em família, comunicar-se de forma pausada e ser paciente são condições essenciais para manter o equilíbrio emocional do idoso e propiciar um ambiente social agradável e tranquilo.

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