Perda auditiva mista: você sabe as causas e os tratamentos?

Aparelhos Auditivos

Você já deve ter ouvido falar que a perda auditiva pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida ao longo da vida, relacionada principalmente a hábitos que prejudicam a saúde dos ouvidos. Porém, também podemos dividi-la de acordo com o tipo de problema que as estruturas da região apresentam e quanto ao tamanho do dano, sendo que pode ser uma perda auditiva mista, neurossensorial ou condutiva.

Para proteger a sua saúde e também das pessoas à sua volta, é importante saber quais são as causas da perda auditiva, como é feito o diagnóstico, sinais e sintomas que devem ser encarados como alertas, além dos possíveis tratamentos. Hoje, há inúmeras possibilidades de tratamentos eficientes que ajudam as pessoas que lidam com o problema a ter mais qualidade de vida.

No entanto, com tantas opções, é preciso saber escolher quais são as melhores alternativas do mercado para as suas necessidades. E para te ajudar neste assunto de perda auditiva mista, abaixo, esclarecemos as principais dúvidas sobre o tema. Confira!

O que é perda auditiva mista?

Para entender como acontece a perda auditiva mista, é preciso aprender um pouco sobre outros 2 tipos de perda: a neurossensorial e a condutiva.

A perda auditiva neurossensorial ou sensorioneural é a que resulta da falta ou dano de alguma parte do ouvido interno (células ciliadas na cóclea) ou das vias nervosas condutoras. Essas estruturas são responsáveis por transmitir o som ao sistema nervoso central por meio de impulsos nervosos.

A perda auditiva condutiva é a que ocorre da falta ou dano de alguma estrutura da orelha média ou externa, acarretando um bloqueio na transmissão que não permite que o som seja conduzido da forma adequada.

A perda auditiva mista é aquela causada por problema na orelha externa/média e interna. É uma combinação entre as perdas neurossensorial e condutiva. As ondas sonoras não são transmitidas corretamente para a orelha interna que, por sua vez, não capta nem envia as mensagens sonoras adequadamente.

É preciso ressaltar também que quando um indivíduo tem perda auditiva, muitas vezes, ele precisa lidar também com outros desafios que impactam tanto na saúde física como também na saúde mental. É comum que problemas na audição também sejam acompanhados por cansaço, angústia e, até mesmo, sensação de solidão, por exemplo.

Claro que cada pessoa tem uma maneira diferente de encarar cada situação, mas é preciso estar sempre atento aos menores sinais de mudanças relacionadas à saúde. Assim, uma questão que pode ser facilmente resolvida não se transforma em uma situação mais difícil, com impactos além do esperado.

Quais os graus de perda auditiva?

Quais os graus de perda auditiva?

O nível do dano na audição é medido de acordo com os decibéis (dB) que a pessoa consegue escutar. As perdas neurossensoriais podem ser de leves a profundas, já as condutivas não costumam passar de moderadas. Dessa forma, o grau da perda auditiva mista poderá variar de acordo com as estruturas da orelha que estiverem mais danificadas.

As pessoas com audição normal passam a não ouvir os sons entre 0 a 20 dB. A partir daí, os graus de perda são:

  • leve (21 a 40 dB): a pessoa não ouve sons suaves e ruídos distantes, além de ter um pouco de dificuldade para entender a fala;
  • moderada (41 a 70 dB): mais dificuldade para entender a fala em tom normal, não ouve sons mais altos (choro de bebê, latido de cachorro) e a comunicação fica limitada;
  • severa (71 a 90 dB): não compreende a fala, não escuta o telefone tocar, poucos sons são percebidos;
  • profunda (>91 dB): não ouve nenhum som de fala e sons considerados muito altos (helicóptero, serra elétrica, turbina de avião). É quase impossível a comunicação sem uso de aparelhos auditivos.

Nesse sentido, entendemos que a audição pode ser perfeita, quando sem ruídos o indivíduo consegue ouvir com clareza, e há o quadro de surdez, quando há perda auditiva total. Porém, entre esses dois quadros, existem os diferentes graus de perda auditiva, desde uma deficiência leve até um quadro severo.

E para fazer essa identificação de um possível grau de perda auditiva, é preciso consultar um especialista. O médico otorrinolaringologista é o responsável pelas doenças que acometem o sistema auditivo. Fazendo testes específicos e exames necessários, o médico conseguirá identificar se existe algum problema, além de indicar o que precisa ser feito.

Como é feito o diagnóstico?

Assim que você perceber a ocorrência de algum desses fatores em si mesmo ou em alguém próximo, procure um especialista para a investigação do caso. Um primeiro responsável pelo diagnóstico inicial de perda auditiva é o fonoaudiólogo, que posteriormente encaminha o paciente para um médico otorrinolaringologista caso haja a confirmação do problema.

O diagnóstico é feito por meio de um exame chamado audiometria. Ele avalia a capacidade do paciente em ouvir e interpretar sons. Além de constatar o dano nos ouvidos, o exame também indica o grau e o tipo. Há outros tipos de análises que o médico também pode solicitar, como um exame de imagem para avaliar estruturas ósseas, tudo vai depender de cada caso.

Outros exames complementares podem ser solicitados para a investigação de condições relacionadas à perda da audição e suas possíveis causas. Normalmente, associa-se a surdez a idosos ou mesmo pessoas que já nascem com essa condição, mas vale lembrar que indivíduos de todas as faixas de idade podem ser acometidos, ainda mais porque se trata de uma doença que pode ser desencadeada por fatores como exposição a ruídos e mesmo traumatismos, por exemplo.

Quais as suas principais causas?

A perda auditiva mista pode ser causada por fatores que acarretam também a perda neurossensorial, a condutiva ou ambas. Alguns dos principais fatores são:

  • otite crônica: inflamação prolongada da orelha média, geralmente causada pela perfuração do tímpano. Com o tempo, os ossículos e outras estruturas são também prejudicados e causam a perda auditiva;
  • medicamentos ototóxicos: fármacos que causam danos ao sistema vestibular e coclear quando usados em tempo prolongado (antibióticos aminoglicosídeos, salicilatos, diuréticos de alça);
  • malformação da orelha externa, média ou interna: malformações congênitas nas estruturas da orelha que geram mal funcionamento e perda auditiva;
  • fatores genéticos: genes passados de pais para filhos que ocasionam surdez isolada ou relacionada a síndromes;
  • traumatismo craniano: pode provocar luxação ou fratura dos ossículos da orelha média ou dano ao córtex auditivo;
  • doenças crônicas: patologias como diabetes e hipertensão arterial podem causar danos aos vasos sanguíneos que irrigam as estruturas do sistema auditivo;
  • exposição a ruídos: tempo prolongado, geralmente no trabalho, de exposição a sons altos e contínuos que gradativamente prejudicam a audição.

E os tratamentos?

E os tratamentos?

Qualquer grau de perda auditiva traz grande prejuízo para a qualidade de vida e o convívio da pessoa afetada. Dessa forma, o ideal é que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível para que o médico decida qual o melhor cuidado. O tratamento para e a possibilidade de voltar a ouvir dependem do tipo de dano, grau e sua causa.

A perda de audição mista é tratada de acordo com seu nível, estruturas do sistema auditivo que foram afetadas, fatores que causaram o problema e as especificidades do paciente. O tratamento pode combinar diferentes técnicas ou tratar isoladamente as perdas neurossensorial e condutiva, uma de cada vez.

As possibilidades de tratamento incluem:

  • medicamentos: fármacos que tratam as doenças que causaram a perda auditiva, complexos vitamínicos e antioxidantes que melhoram a audição;
  • remoção da cera ou do corpo estranho relacionado à perda auditiva condutiva;
  • cirurgia: operação para reparar o tímpano perfurado ou reconstruir os ossículos danificados;
  • aparelho auditivo convencional: dispositivo que capta e aumenta o volume dos sons ambientes para que a pessoa consiga escutar;
  • implante auditivo de ouvido médio: dispositivo que capta os sons ambientes e os converte em vibrações mecânicas na orelha média, que conduzem o som para a orelha interna.

É sempre importante se lembrar de que o tratamento para a perda auditiva mista tem o potencial de restabelecer a comunicação na vida da pessoa que sofre com o problema e, consequentemente, aumentar sua qualidade de vida. Informe-se sempre sobre as formas de prevenção, causas e sintomas para evitar o desenvolvimento do problema.

Quais as indicações do aparelho auditivo?

Um dos principais tratamentos que ajudam pacientes com perda de auditiva são os pequenos aparelhos colocados no ouvido. Esses dispositivos estão em constante processo de inovação, atendendo desde crianças até idosos. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, os aparelhos são cada vez mais eficientes, confortáveis e de fácil manuseio.

Todos esses aparelhos são compostos, basicamente, pelos seguintes elementos: microfone, que capta as vibrações dos sons e as transformam em sinais elétricos, amplificador, que ajuda a aumentar os sinais do microfone, e também um receptor, que faz a conversão dos sinais elétricos.

Além disso, há variados modelos de aparelhos auditivos, sendo que os mais comuns são os seguintes:

  • intracanal — que é posicionado no canal auditivo e sua indicação é para pessoas com perda auditiva de leve à moderada;
  • intra-auricular — já não é tão pequeno e discreto como o anterior, além de ser encaixado na parte externa da orelha. Sua potência também é maior e é indicado desde perdas auditivas leves até severas;
  • microcanal — é o menor modelo e também se encaixa no canal auditivo. Ideal para quem tem de perda auditiva leve à moderada;
  • retroauricular — colocada atrás da orelha e composto por duas partes, é um aparelho bem potente, indicado tanto para casos leves, como também para perdas profundas de audição.

Viu só como existe um aparelho perfeito para cada tipo de perda auditiva? Além disso, a principal dica que podemos te dar é sempre consultar um médico quando achar necessário. Caso seja necessário adquirir um aparelho, seja para perda auditiva mista ou para qualquer outra condição, valorize as melhores opções que o mercado tem a oferecer.

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